Thursday, January 11, 2007

É MAIS FÁCIL NA NET, QUE NO CAMPO! REPORTAGEM: Alberto Leitão e Ercílio Galhardo Neto

Num dia ensolarado, o Parque de Jogos Isidro Nunes do Amaral Semblano, preparou– se para receber o I Torneio Quadrangular da Liga Record.
O primeiro jogo foi Santa Sede– Const. Ardena/Anos 90. O Santa Sede começou mal o jogo, falhando imensas oportunidades de bola parada. Mas quem com ferros fere, com ferros morre, veio de um pontapé de canto de Zé João, que directamente(!!!!) introduz a bola na baliza de Pedro Teixeira… não isento de culpas no golo.
Mas o Santa Sede respondeu, e através de Toninho Dias marcou o empate. Após isto, o Santa Sede superiorizou– se no ataque, embora a arbitragem também o permitisse, e em dois lances rápidos fez logo o 3-1. No segundo golo, Artur parece ser mal batido. Já no final, é que o Construções do Ardena conseguiu reduzir para 3-2.
No jogo a seguir: Café Imigrante– Café Faria. Jogo entre duas equipas bastante equilibradas, com alguns pontos fortes em posições-chave. O Café Imigrante apresentou-se com um meio-campo bem composto e bastante forte enquanto que a Churrasqueira Faria tinha a sua mais valia no centro da defesa e no ataque.
O jogo praticamente começou com o golo de Filipe Barra, que aproveitou uma bola metida desde o seu meio campo para bater o guarda-redes Jorge Ramalho.
A partir daí o alvo foi sempre a baliza do Café Imigrante, com Pepe e Carlitos (sobretudo estes dois) a arriscarem remates de muito longe, tentando tirar partido de algum inexperiência do guarda-redes Ercílio Galhardo. Assinale-se também alguns remates de Nuno Cardoso em sequência de livres bastante perigosos, mas sem efeitos práticos.
Do outro lado um desamparado e sozinho Filipe Fonseca, que a jogar sempre no limite da linha de fora-de-jogo ia testando a atenção dos defesas da Churrasqueira Faria.
O golo chegou naturalmente por intermédio de Pepe, já na segunda parte através de uma boa jogada do ataque “fariense”. Sensivelmente a meio da 2.ª parte, Carlitos dá a vantagem no marcador à Churrasqueira Faria, consolidando o ascendente que vinha tendo ao longo do jogo. A partir do segundo golo os jogadores do Café Imigrante tentaram partir para o empate, adiantando Nuno Barra Azul para o ataque ao lado de Filipe e com Paulito e Hélder mais interventivos. Contudo não foi o suficiente.
Acabou por ser um resultado merecido e que colocou na final a Churrasqueira Faria.
No jogo a seguir, o jogo mais conhecido pela “final dos pobres”, em virtude de colocar frente a frente os dois derrotados dos jogos anteriores, acabou por ser o jogo mais emocionante do torneio. De facto, os golos marcados, a recuperação no marcador e o bom futebol jogado, sempre com emoção à flor da pele, contribuíram para um espectáculo agradável de se seguir.
Através de perigosos contra ataques de Varito e Pedro Lutero, o Const. Ardena ameaçavam constatemente a baliza de Ercílio Galhardo, sendo este batido por Quim, num remate cruzado rasteiro. Na segunda parte “os imigrantes” chegaram ao empate através de Vilarinho, que bateu Artur após duas excelentes intervenções. Mas, já no final, Varito parte em direcção à baliza, já na grande área cruza para Vítor Oliveira que marcou o 2-1. Quando todos pensavam que o jogo estava decidido, aparece um penalty proporcionado por Pereira, e que Paulo Sérgio converte empatando o jogo
Após o empate final o 3.º lugar foi discutido nos pontapés de grande penalidade.
Com Ercílio Galhardo a defender a baliza do Café Emigrante e Artur a da selecção Const. Ardena/Anos 90, os penaltys iam sendo convertidos naturalmente, apesar dos guarda-redes ainda tocarem em algumas bolas. A partida decidiu-se quando Renato falhou o alvo, deixando a decisão nas mãos (mais propriamente nos pés) de Ercílio Galhardo que ao jeito de Ricardo no Euro2004 rematou colocado, sem hipótese de defesa para Artur , oferecendo ao seu patrocinador o bronze neste torneio.
Na final, o jogo para final, demonstrou uma pobreza franciscana, e uma nítida quebra de ritmo, produto do longo intervalo parado de ambas as equipas. A Churrasqueira Faria foi– se demonstrando superior, mas não conseguia concretizar as oportunidades. O Santa Sede na segunda parte, resolveu “imitar” o seu adversário, e não conseguiu desfeitear Jorge Ramalho, sobrando a decisão do vencedor para os penalties. A equipa de Vila Chã parece ter levado o assunto mais a sério que o Santa Sede e não perdoou, enquanto o Santa Sede falhou três penalties.
O vencedor foi justo, o convívio foi bom, mas será necessário rever os padrões de escolha dos árbitros.

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